quinta-feira, 13 de novembro de 2008

FPF DIZ QUE PM NÃO VAI MUDAR TABELA

JORNAL DO COMMERCIO 13/11/2008
A Federação Pernambucana de Futebol bateu o pé e diz que só vai mudar a tabela por solicitação da TV Globo, que detém os direitos de transmissão do Estadual, contrariando a Polícia Militar, que faz objeção à realização de jogos dos times da capital no mesmo dia e horário, como marca a tabela. Ontem, tanto o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, quanto o secretário-geral, João Caixero, garantiram que as partidas não serão mudadas por causa do policiamento. O comando do Batalhão de Choque vai procurar a FPF para tentar a conciliação.
“A tabela é a que foi divulgada (segunda-feira). Só vai ser alterada, se a televisão solicitar”, afirmou Caixero, garantindo que as partidas no Recife, realizadas no mesmo dia e horário, não sofrerão mudanças. Já Carlos Alberto colocou em xeque a atuação da PM. “É estranho um Estado que quer ser sede de Copa do Mundo não ter condição de administrar o Estadual”, questionou. “Não aceito que a polícia queira fazer a tabela”, completou.
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco, major Vanildo Almeida, afirmou que não vai entrar em polêmica e encaminhará um documento, hoje, para a Diretoria Geral de Operações (DGO) da PM. “A polícia tem que ser ouvida. Não se pode tomar uma decisão desta de forma unilateral. Vou apresentar as dificuldades para o Comando, que deve procurar a Federação para tentar uma solução”, ponderou o major.
Em quatro das 11 rodadas do Pernambucano, há coincidência de horários entre as partidas de Náutico, Sport ou Santa Cruz. “A PM é fundamental para a realização do jogo. Temos que oferecer as condições adequadas para os torcedores, mas com duas partidas na mesma hora fica difícil”, acrescentou. O principal problema da PM é a falta de efetivo para duas partidas simultâneas.
O diretor do DGO da PM, coronel Antônio Carlos Tavares Lira, disse que vai aguardar o relatório do major Vanildo para procurar a Federação para uma conversa. “A tabela da competição é de responsabilidade da FPF, mas só que para acontecer o jogo tem que ter polícia. É de interesse de todos que o campeonato seja realizado com a segurança adequada e não tem porque não resolvermos esta situação”, comentou o coronel.

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